O formato Regulation as a Service (RaaS) se destaca como uma solução eficaz para empresas enfrentando custos elevados com compliance devido a novas legislações.

Nos últimos anos, o mercado de compliance tem enfrentado desafios significativos, impulsionados por novas legislações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o AI Act da União Europeia. Essas regulamentações exigem que as empresas não apenas se adaptem, mas também implementem processos contínuos de conformidade, o que pode gerar custos elevados. Para mitigar esses desafios, surge o conceito de Regulation as a Service (RaaS), uma solução inovadora que permite às empresas terceirizar suas necessidades de compliance, reduzindo, assim, a sobrecarga gerada pela manutenção de grandes equipes internas.
A CEO da Aarin, Ticiana Amorim, enfatiza que o modelo RaaS promove uma abordagem mais flexível e ágil para gestão de conformidade. Em vez de operarem com estruturas rígidas, as organizações podem acessar serviços sob demanda, monitorar alterações regulatórias e implementar controles de forma eficiente. Essa mudança de paradigma não só traz uma economia significativa, mas também democratiza o acesso a práticas de compliance, anteriormente restritas apenas a grandes corporações.
De acordo com um estudo da consultoria Gartner, a adoção de plataformas de RaaS pode resultar em uma redução de até 30% nos custos relacionados à auditoria e monitoramento. Essa redução é especialmente impactante para pequenas e médias empresas, que, comumente, enfrentam dificuldades em arcar com os altos custos das práticas de compliance convencionais. Agora, com o RaaS, estas empresas têm a chance de se manterem em conformidade com regulamentos sem comprometer sua viabilidade financeira.
A transformação digital também é um fator relevante a ser considerado. Com a ascensão de novas tecnologias, a forma como os dados são coletados, processados e armazenados passou a ser cada vez mais complexa. Assim, o RaaS se torna uma ferramenta essencial para que as empresas possam navegar nesse novo cenário regulamentar, fornecendo suporte técnico e expertise para garantir que as obrigações sejam cumpridas de maneira eficaz e pontual.

Outro aspecto importante a ser destacado é a transparência que o modelo RaaS introduz no ambiente corporativo. Ao adotar essa abordagem, as empresas não apenas melhoram sua eficiência operacional, mas também estabelecem um padrão elevado de conformidade que pode ser facilmente auditado e monitorado. Isso é fundamental para ganhar a confiança de stakeholders, clientes e parceiros, que cada vez mais esperam uma gestão ética e responsável das informações.
Além disso, a flexibilidade do RaaS permite que as empresas se ajustem rapidamente às constantes mudanças nas regulamentações. Em um mundo onde legislações estão em constante evolução, a agilidade se torna um imprescindível diferencial competitivo. As ferramentas RaaS acompanham essas transformações e garantem que as empresas possam se adaptar sem grandes rupturas na operação diária.
Em sustentação a esse cenário, a comunicação entre setores também é fortalecida. Ao eliminar a necessidade de grandes estruturas internas, as empresas podem investir mais tempo e recursos em áreas que realmente precisam de atenção e inovação, permitindo assim uma melhor alocação de capital e talentos. O resultado é um ambiente de trabalho mais colaborativo, onde a conformidade se torna uma responsabilidade coletiva e não apenas uma função isolada.
Por fim, a adoção do RaaS sinaliza uma nova era no compliance, onde a ênfase na eficiência, transparência e adaptabilidade poderá moldar o futuro das relações comerciais e a forma como as empresas operam. A presença de uma abordagem constante e alinhada com as exigências legais será vital para a sobrevivência e o crescimento sustentável das organizações nos próximos anos.

Ainda assim, a implementação do RaaS não está isenta de desafios. As empresas precisam escolher os provedores de serviços de forma criteriosa, garantindo que suas soluções atendam às necessidades específicas do negócio e estejam em conformidade com as legislações locais e internacionais. A seleção de parceiros adequados é essencial para a mitigação de riscos e para garantir um compliance efetivo.
É crucial, portanto, que as empresas invistam tempo na formação e capacitação de suas equipes, mesmo com a terceirização de tarefas. O conhecimento interno sobre compliance permanece fundamental para que as organizações possam interagir com os fornecedores de RaaS de maneira informada e envolvente.
Em suma, o conceito de RaaS está ganhando cada vez mais destaque no cenário empresarial atual, oferecendo uma alternativa viável e eficiente para as empresas que buscam se adaptar a um ambiente regulatório em constante mudança. Companhias que abraçam essa inovação não apenas se posicionam melhor em termos de conformidade, mas também estão mais preparadas para enfrentar os desafios do futuro.
Assim, fica evidente que o RaaS não é apenas uma solução técnica, mas uma mudança cultural que impacta profundamente a maneira como as empresas operam, garantindo não apenas conformidade, mas também competitividade e inovação.

Fonte:

https://www.contabeis.com.br/noticias/73122/raas-reduz-em-ate-30-os-custos-de-compliance/