Planejamento Sucessório: A Chave para a Sobrevivência das Empresas em 2026
Em um contexto econômico cada vez mais desafiador, o planejamento sucessório se destaca como uma ferramenta essencial para a longevidade das empresas. Em 2026, será crítica a necessidade de adaptação, especialmente para negócios familiares, que dominam o cenário empresarial brasileiro. De acordo com especialista em wealth management, Silvinei Toffanin, a falta de um plano de sucessão claro pode colocar as empresas em situação vulnerável. A formalização de estratégias de sucessão não é apenas uma prática recomendada, mas uma urgência.
O panorama empresarial brasileiro revela que 90% das empresas são familiares, contribuindo com 65% do PIB e empregando 75% da força de trabalho privada. No entanto, uma pesquisa alarmante mostra que 72,4% dessas empresas não possuem um plano de sucessão formal. A falta de preparação leva a uma elevada taxa de mortalidade — apenas 30% conseguem sobreviver à primeira geração. Diante disso, as empresas precisam urgentemente revisar suas práticas de governança e gestão patrimonial.
Toffanin destaca a importância da formalização de acordos societários e a definição clara dos sucessores. Além disso, é vital promover a profissionalização da gestão para garantir que as futuras lideranças estejam bem preparadas para assumir responsabilidades. O desenvolvimento de uma comunicação transparente e a criação de protocolos familiares são também fatores fundamentais para facilitar a transição e minimizar conflitos que podem surgir durante o processo.
A integração entre sucessão, governança e gestão patrimonial emerge como uma estratégia holística, essencial para proteger o valor das empresas. Essa abordagem permite que, em momentos de transição, o negócio não apenas mantenha sua operação, mas também cresça e se adapte às novas realidades do mercado. Dentro desse contexto, a formação de sucessores se torna uma etapa indispensável. A capacitação e o treinamento adequados são críticos para preparar a próxima geração para os desafios que irão enfrentar.
Além disso, a comunicação também desempenha um papel essencial. Manter as partes interessadas, incluindo familiares e sócios, informadas e alinhadas é crucial para evitar mal-entendidos que podem comprometer a eficiência da transição. Ferramentas de mediação e resolução de conflitos devem ser consideradas, garantindo que todos os envolvidos no processo se sintam respeitados e ouvidos.
A implementação de um planejamento sucessório eficiente pode prevenir a perda de valor das empresas e evitar disputas que prejudicam a estabilidade. Ao antecipar e endereçar esses problemas, as empresas não apenas garantem a continuidade de suas operações, mas também se posicionam de forma competitiva em um cenário econômico futuro que promete ser desafiador.
Por fim, é importante ressaltar que o planejamento sucessório não se limita apenas ao ato de nomear um sucessor. Trata-se de um processo metódico que envolve a criação de um contexto favorável para o desenvolvimento e a adição de regras claras sobre a gestão dos bens e da empresa. As empresas que investem nesta preparação estarão mais bem posicionadas para navegar pelas incertezas econômicas que caracterizarão a próxima década.
A análise de cenários futuros e a busca por inovações que possam ser incorporadas ao negócio são parte integral do planejamento sucessório. Isso não só assegura uma transição suave, como também promove um ambiente de crescimento contínuo. O foco na governança eficiente e no desenvolvimento das capacidades dos sucessores deve ser uma prioridade para as empresas que aspiram à longevidade e ao sucesso no Brasil.
Em resumo, a preparação para a sucessão é um investimento no futuro que demanda atenção, planejamento e execução cuidadosa. As empresas brasileiras, especialmente as familiares, devem agir agora para garantir um legado duradouro e uma transição suave para as futuras gerações.